Ah! O crepúsculo...
Hora tão mágica
Detentora de todos os risos e lágrimas
É aonde me vejo transparente em reflexo
E a alma balbucia limiares lilases
Quando dessa hora cega aos olhos
Anjos assistem divinais corais transcendentes
E os ecos Eclesiásticos retumbam poeticamente
Pois é o beijo da luz nas trevas
O ciclo harmônico em plenitude
Fogareiro se acende nos crepitantes corações
E uma angustia sorrateira aperta a garganta
É a mágica... É o crepúsculo...
Rendendo espíritos livres elementais
E na floresta dos sonhos herméticos
Os Arcanos se multiplicam entre os cadinhos
Se fosse o sol meu guia... Adormeceria
Mas a Luz de minh’alma é o lampejo
E estrelas jorram dos pensamentos sutis
Produtos de evoluções e choques convulsivos
E nos meus sentires ríspidos
Degusto olores e olhares introspectos
Faminto das cores frias que cedem o entardecer
Pintando uma tela de autocompreensão com todas as nuances
Então resta um esboço de mim... No leito d’água
Se desmanchando junto ao dia... Alimentando a noite
E o fim é somente uma passagem natural entre começos...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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