Necessária à fragrância da flor
E o colorido das penas do colibri
Jogo de amores seguindo o fluxo
Desnecessário demais coagir
Necessárias às poesias e a caderneta
Interagindo coerências e letras
Sob uma luz bruxuleante no abajur
Desnecessário encerrar o momento
Necessárias às letras do coração
E o próprio respirar noturno
Afagado pela sórdida solidão
Desnecessários o rancor e o medo
Necessito dos necessários prumos
Para alinhar minha voz ao sol
E gritar todas as labaredas de mim
Desnecessário eu colidir em erupções
Afinal eu necessito de dias e cadeiras confortáveis
Minhas vísceras doem quando acordo
E meu braço coxo dói há muitos anos
Desnecessário o lamento e a agonia
Pois a dor que me acompanha noite e dia
Fez-se professora e me formei na vida
Só necessito de um canto de sabiá ao amanhecer
E um olhar brando do anjo que me protege...
Jonas
Rogerio Sanches
Nenhum comentário:
Postar um comentário