Diga algo flor azul
Pois sua beleza só não me contenta
Eu vejo a sua alma e vejo a minha
E sua alma cala em sua cor de céu
Cante pra mim, singela flor azul
Eu gostaria de ouvir as vozes das pétalas
Eu vejo seu olhar esnobe... Flor azul
Mas a sua beleza é fria e hostil
Não me olhe assim flor azul
E não me aponte esses espinhos
Teu caule imerso e pavoroso... Imóvel
Então pranteie sua solidão tolhida flor
Mas antes que o dia acabe
Peço-te ao menos suas injúrias
Pelo meu amor e descaso
Pois preciso ouvir sua voz
E na noite o frio será ameno
Pois sua voz encantará minha poesia
E no amanhecer terás outra de ti
E tu já falecendo terá o meu poema
Eu admiro sua pequena vida flor azul
De relance tímido e solitário me olhas
E eu cuido-te com ternura
Pois enfeita as manhãs no meu jardim
Cante comigo uma última seresta bela flor azul...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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