Escuto somente o silêncio do corpo
Mergulhado em si
Imerso em um uni (verso)
Paralelo de uma vida
Outra vida em si vivida
Ou um sonho sem desvelo
Escuto meu silêncio no espelho
E o reflexo de outro eu
Perplexo
Ou outro me olhando
Eu mesmo um reflexo convexo
Ou mesmo um sonho de algo superior
Escuto as vozes em silêncio
Agora eu só
Sombrio comigo mesmo
E cego com a própria luz
Trancafiado em uma bolha
Prestes a romper a casca da carne
Escuto ecos vazios
E vejo a frente um terreno fértil
A terra foi renovada
Eu agora o agricultor da vida
Em plenitude e alinhamento
Como eu fosse a própria semente
Escuto as raízes em vozes caladas
Elas ramificam minhas vontades
Por entre os sulcos da terra
Vejo o universo das vontades
E o Todo renascendo em germinação
Dentro do recipiente de eu mesmo
Agora ouço todas as vozes
Minhas células arquitetam entre si
Meu ser se modifica em equações
E desintegro os sentidos antigos
Agora ouço meu eu em um pensamento
Ele é uma grande vontade prima e cristalina...
Agora eu calo... Nesse grito de vida longo e silencioso...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Creio que as verdadeiras transformações seriam assim mesmo: silenciosas. Parabéns.
ResponderExcluirGrande abraço e ótimo final de semana.
Gilson.
Muito grato pelo seu apreço Gilson...
ExcluirSeja sempre bem vindo ao meu espaço e um ótimo dia para você!!