Grita a flauta, e a mágica é a dos elementos,
som do ar que se esvai do pulmão artístico;
deuses e guitarras fazem assembleias
e meus tímpanos se amaciam em um velho rock.
Arpejos e lampejos psicodélicos,
cores remetidas pelos sons melódicos
e viajo nessa locomotiva divina
entre as estrelas meteóricas desse frenesi.
Soa o acorde em escala cromática,
espalha a cura entre as almas doentes.
Matemáticas, tão absurdamente perfeitas,
que até os números fazem o equilíbrio das cordas.
Ouço essa melodiosa flauta entre os suspiros,
recordo os banquetes com Pã e um Fauno;
recordo minha embriaguez e os vinhos de Baco,
é a mágica dos quadrantes cósmicos.
Deuses e guitarras nessa sinfonia paradisíaca,
eu e os deuses mitológicos rasgando céus,
tridentes e sorrisos no fundo do oceano do eu mesmo
e, na cítara de Orfeu, resplandece o dia em fulgor solar.
Adormecerei mil eras entre os feitiços e sons de flauta...
E levarei ao meu sarcófago poesias embalsamadas...
Cantarei a doce morte em todos os meus versos
e acordarei quando o sol estiver em ápice avassalador:
somente para acolher meu amor sob minhas asas douradas.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Imagem: Google
Difícil acompanhar os sons, mas ele alegram-nos os sentidos. Parabéns.
ResponderExcluirAbraço.
Gilson.
Jonas, adorei!!! Um verdadeiro banquete de Pã!
ResponderExcluirObrigada!
Abraços
V.