Olhando pelo reflexo da janela no espelho
vejo um borrão laranja de um sol esvaindo-se,
deixando em meu peito uma saudade intensa
de um tempo onde as ondas sussurravam cantigas.
A cada dia a poesia do arrebol é diferente,
é algo transcendente, que desanuvia a mente
e liberta por um instante todos os sentidos
quando os olhos cegam-se, a última luz diária.
Meus pensamentos sóbrios embriagam-se
em uma metamorfose de sensações.
E a mágica incessante dos movimentos permanece,
intacta e regente do equilíbrio harmônico da vida.
Uma busca diária incessante para desvendar o amor,
o amor na própria vida, ao próximo e ao incompreendido.
Uma senda trilhada com força e esperança... Colecionando arrebóis,
versos e lembranças
de um tempo que ainda não se foi.
E mais uma vez, agora é a noite que entorpece a cabeça do
poeta...
Que se deixa carregar pelos encantos misteriosos de
Aldebaran...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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