Tarde quente de melancolias
Arrebol preto e branco rompendo
E o coração estilhaçado em sofreguidão
Adoecido em vírus de saudade
Tarde quente... Quase noite
O pensamento calado em revoadas
Andorinhas bailarinas do crepúsculo
Enfeitando e enfeitiçando meus sonhos
Tarde enfim terminada... Gritando a penumbra
Noite sombria noite vazia e, o silêncio irrompe,
Deitado em chão gelado, morto mesmo vivo;
Despedaçando os lírios do meu jardim.
Contornos de luzes nos arredores cegam o céu
Estrelas escondidas entre essa suja claridade
O vapor dessa imundície e os vestígios de uma bebida
E dois corpos distantes que se degustam em saudade
Quantos foram os sentimentos descritos... Poesia d’alma
Elevando-me aos sonos perpétuos... Renascido para te amar
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário