Relampejos fúnebres nos temporais mentais
Onde a chuva atormenta em enchentes
Dessas mil e uma imagens distorcidas
Em cores iridescentes e flamejantes
Ouço os trovões de inspiração sussurrando
E refletindo neste espelho convexo vazio
Uma imagética translúcida e diáfana
Retorcida como as raízes da figueira antiga
Vendavais de catalepsias adormecidas
Onde o pavor da morte se revela falso
E os membros enrijecidos gritam apavorados
Mas segue o funeral calado... Adormecido no caixão
Então terremotos abalam a realidade
E o despertar seria avassalador
Onde gemidos abafados pelos medos
Seriam ouvidos pelos íncubos vigilantes
Seria então a morte em desespero
Ou a paz de uma vida a passar diante
Dos olhos destemidos sufocados pelo susto
Ou somente um pesadelo sórdido e atormentador
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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