Imagens tão desgastantes
Nesse espelho de lagoas
Águas turvas delirantes
Entranhadas no seio da pedra
Imagens flácidas e enrugadas
Nesse espelho de ventos espirais
Dividindo em transversais todas as ondas
E os sentimentos que refletiram os suspiros
Imagens, espelhos, almas em observação
Dunas e miragens tão reais quanto aquele sol
E um regato em regaço a vida escondida nas profundezas
Desse rio inesgotável de revelações e peixes sorridentes
Imagens que propus em meus próprios reflexos
Distorcendo os espelhos dos sonhos mais secretos
A cadeira vazia e o leito desarrumado não importam
Descansei antes de renascer e beber todas as palavras
Um devaneio que se foi e deixou pegadas
Outro pássaro ouviu o pingar das lágrimas
A poesia é uma alma em torvelinhos renascidos
E eu sou o detentor da pena afogada em murmúrios azuis
Imagens, espelhos, corpos de almas mortas
E os desertos já floriram em superfícies transparentes
Imagens, espelhos, almas em corpos mortos
E os campos escassos se desertificaram em uma noite sem fim
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: multifloranet.com.br
Belo poema!!
ResponderExcluirMuita luz e paz!!
Beijos!♥
Lindo teu poema e a imagem idem! abração,chica
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