Foto: crato.org
Nas vacas mortas rentes a seca sertaneja
Onde explodem as favelas do sertão
Contrárias aos gemidos logo ao lado
Onde a água rega os afluentes em imensidão
Morte que rege os destinos dos heróis
Ríspido ao seu tempo de algoz sofrimento
Na seca ou na cheia ser adaptável
E o sobrevivente é o sol que assola e da à vida
Em meio os espinhos que desabrocham flores
Das cores tão delas que igual inexiste
Resquícios previstos em febre de aurora
Do choro contido em cores do dia que vai embora
E o homem burilando em devaneios
Provando manjares dos auspícios de Deus
Que afaga em delírios a forja do espírito
Fazendo amadurecer alma flor do sujeito
Trazendo a tona o pleito interior
Debates contínuos entre o ente e o ser
E o que resta é uma ingratidão recíproca
E o arrebol encerrando em tons alegóricos
E mais uma vez a chuva não chegou...
São dias de vacas magras e afogadas...
Jonas
Rogerio Sanches
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