Eu sóbrio entre sombras
Embriagando-me em luzes
Satisfazendo os sentidos adormecidos
Desnudo em águas turbulentas
Palavras sóbrias eu esqueci
Deixei-as guardadas já não sei aonde
Seguindo entorpecido... Gritando o vazio
Em vocábulos de minha insensatez
Sobriedade e embriaguez poéticas
Misturando-se em céus lilases
Em cadinhos de estrelas cadentes
Burilados pelos artesãos dos versos...
...Versos entorpecentes e esotéricos,
tirados de uma planta alucinógena;
ou de um ritual ameno de outono...
Onde me encontrei com a grande lua.
Entre as sombras vivo sóbrio
Embriagando-me de luzes
Entorpecendo-me de você
Amando-te mesmo em distância
E as rimas eu deixei nos meus jardins
Em frascos de ácido lisérgico
Libertei os devaneios
E compus em vozes mudas
Todos os gemidos do amanhecer
E as páginas secretas
Revelaram-se intactas
O amor e o deleite
Reservei-os somente a ti
Junto às pétalas do meu ser em flor
E perpetuou-se o desejo
A Flor Violeta cedeu
E o Girassol... Sorriu;
e amou, e brilhou, e viveu,
os dóceis afagos desse amor.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Olá Jonas, belo poema, neste jardim de amor solitário...
ResponderExcluirBeijinhos!♥
Que lindo!!! Parabéns pelo belíssimo poema.
ResponderExcluirAbçs!