quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Soneto ao Canto Triste lá na Gaiola

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D’um sopro fresco o olor da natureza
regando a flor na leve dor, suspiro
e um arfar tão doce qu’eu respiro
relembrando o ensejo de uma tristeza.

Tão longe o olhar desse meu pensamento
que vaga a estrada batida da vida
deixando marcas sulcadas na lida
e um rastro espesso desse movimento.

São noites, são dias, dentro dos espelhos;
mergulhos profundos no lago de mim
reflexos convexos de olhos vermelhos

e um canto mestiço de um mandarim
atravancado e surrado à sua gaiola
pois sua liberdade o homem degola.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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