Lembranças eclesiais de tempos distantes
Onde ainda éramos extraterrestres
E nossos corpos dissolviam-se em luz
Viajando na velocidade dos pensamentos
Mas fomos levados para as hecatombes
Tratados como animais ferozes
Aprisionaram-nos em um mundo distante
E assim roubaram todas as almas
O que restou-nos foi somente a esperança
De que um dia seríamos livres novamente
Mas nossa consciência fragmentou-se
E até hoje procuramos pelos cacos
Separamo-nos daquela mente coletiva
E perdemo-nos em nossos próprios labirintos
Onde temerosos mergulhamos na solidão
E guardamos as respostas nas nossas profundezas
Mas o tempo de glórias retornará
E unificar-nos-emos em uma corrente
Que inquebrantável nos levará
Nesse prodigioso retorno ao lar
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
corroborando...:
ResponderExcluir(ensaio sobre a clausura)
By Soaroir
Fev.25/2011
O traidor foi descoberto. E agora?
Com que fera ocuparei meu tempo de caça -
se fiz o que pensava não poder fazer - fiz
a despeito do medo dos alçapões e frágeis arapucas
e das armas, e das conseqüências...
quantos vincos vinculados,
dos olhos ao pescoço até às mãos,
de onde eles vieram se não foram do riso
nem do choro. De onde eles vieram...
talvez dos esfolos abertos pelo aprendizado –
da cloaca, do útero à fornalha que crema
os devaneios, os sonhos e a poesia
nos esporos do sêmem e do óvulo;
as quimera das noites claras e do breu da falta delas;
até onde irão as rusgas...após a última água
do ousado enxágüe dos garnimentos tolos?
Meço o tempo pelo limo
do tapete do banheiro -
faz tempo que estou aqui enclausurada...
Um belo ensaio poético Soaroir, reflexivo e profundo... Grato pela visita e pela poesia, tenha uma ótima sexta-feira e um final de semana iluminado!!
Excluir