domingo, 12 de fevereiro de 2012

Oração aos Quatro Ventos

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Acalentado por esse sol que nasce
No leste de minh’alma e aquece
Meus sonhos e a vontade de continuar
Pelas veredas da iniciação oculta

Protegido pelos anjos do sul que me guardam
De todas as mazelas da discórdia
E dedilham suas harpas incandescentes
Gravando seus acordes no profundo do ser

Alimentado pelas luzes do oeste que clareiam
Minha vida e minha visão limitada
E como o archote do velho ermitão
Indicam-me os caminhos verdadeiros

Abençoado pelos guardiões das torres do norte
Que se postam imponentes como muralhas
Blindando-me da flecha envenenada inimiga
Elevam-me aos pedestais do meu próprio eu

Declamo agradecido aos quatro ventos
Em toda glória poética imortal
Palavras de súplica e misericórdia
Àqueles que cegos tateiam caminhos vãos

Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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