Acalentado por esse sol que nasce
No leste de minh’alma e aquece
Meus sonhos e a vontade de continuar
Pelas veredas da iniciação oculta
Protegido pelos anjos do sul que me guardam
De todas as mazelas da discórdia
E dedilham suas harpas incandescentes
Gravando seus acordes no profundo do ser
Alimentado pelas luzes do oeste que clareiam
Minha vida e minha visão limitada
E como o archote do velho ermitão
Indicam-me os caminhos verdadeiros
Abençoado pelos guardiões das torres do norte
Que se postam imponentes como muralhas
Blindando-me da flecha envenenada inimiga
Elevam-me aos pedestais do meu próprio eu
Declamo agradecido aos quatro ventos
Em toda glória poética imortal
Palavras de súplica e misericórdia
Àqueles que cegos tateiam caminhos vãos
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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