Primordiais conhecimentos retidos
Pelas chaves do secreto da alma
Aventurei-me e enfrentei todo perigo
Buscando abrir o compartimento escondido
Deparei-me com tantos eus e suas facetas
E cada um com a sua dissertação
Tive que uni-los em um eu predominante
Com uma ação determinada e unificante
Assim galguei com ardor o primeiro degrau
Mas logo a frente estava o coração
Que dividido entre o certo e o extasiante
Impôs a regra d’eu ceder à meditação
Passaram eras ou minutos incontáveis
Não sei dizer tal qual seria a descrição
Até que o órgão do amor abriu suas portas
E me indicou onde mora a minha razão
Entrei correndo em direção aquela luz
Mas sua clareza fulminou a minha visão
Somente a voz da consciência eu escutei
Tudo que viste foi uma mera ilusão
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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