Nada como uma manhã de junho
com o sol esbelto a irradiar
seus raios e sensações ultravioletas
que colorem uma inspiração poética,
que mimetizam o gesto das flores
em uma fotossíntese matinal
e os pássaros esticam suas asas
que diferente das de Ícaro, sobrevivem,
sobrevoam os píncaros das alusões,
sobrepujam as vestes dos sacerdotes
que oram e abençoam aos domingos
mas, inda é uma terça-feira de inverno
e abriram-se as portas do Tártaro
então caminhei atento com caneta em riste
anotando sofrimentos e alguns sarcasmos
de almas inóspitas que adoram o lugar.
E o rock continua sobrevivendo
entre partituras e guitarras quadriculadas,
meus tímpanos sonoros diversificam
e acolhem e transpassam versos brancos.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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