De tempos em tempos novos tempos,
nova poesia com a mesma velha frase
que se espirala em novas conclusões
como fosse outra volta de uma galáxia
distante, tão distante que é logo ali;
nos confins de um pensamento extenso
que borbulha e se derrama como leite
se espalhando em estrelas na Via-Láctea.
De ventos em ventos um cisco nos olhos
e a lágrima é um brilho muito salgado,
ondas dos mares de todas as sensações
que escorrem tal qual cascata de pensamentos
e se há um dia glacial ela se congela
junto com a solidificação do coração;
coração de asteroide sem direção
impactando versos viris e destrutivos.
De tempos em tempos a velha inovadora poesia
corroendo um outro tempo de outro lugar
por onde em becos e vielas vivo a divagar,
tentando encontrar novamente aquele olhar
do espelho; reflexos de relógios eternos,
civilizações secando em varais ao sol de março,
ao som do vento que carrega o tempo
e carrega todos os guardanapos com anotações.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Salvador Dali
Olá Jonas! Passando para te cumprimentar e apreciar este teu belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:
ResponderExcluirDe tempos em tempos a velha inovadora poesia
corroendo um outro tempo de outro lugar
por onde em becos e vielas vivo a divagar,
tentando encontrar novamente aquele olhar
Abraços,
Furtado.