Meu olhar se perde no espaço
e a alma é centelha entre estrelas,
o corpo morre e renasce no templo
e o tempo é o remédio da poesia.
Meu olhar vaga por entre sonhos
e o espírito se recolhe ao Cósmico,
a cruz e a rosa são a eternidade
que a consciência recolhe consigo.
Meu olhar entre as colunas do vento
e os pés galgam os três degraus,
na câmara da morte a ressurreição
e as vestes então se tornam luzes.
Meu olhar de adepto busca verdades
e as revelações se dão em certa idade,
e o poeta iniciado se deleita na natureza
se fundindo às benesses e as belezas.
Meu olhar se perde no espaço
e a alma com o eterno cria laços
inquebrantáveis como a criação
que se refaz após a destruição.
Meu olhar vagante do infinito
e o espírito é o mercúrio e o sal,
e o poeta bebe do leite da virgem
que o Cósmico derrama das estrelas.
Jonas
R. Sanches
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