Começarei falando da inspiração
que é coisa transcendental da mente
que concatena o que vê e o que sente
e logo após é como fosse somente a poesia
elaborada por essa luz translúcida que guia
as minhas mãos, meus pensamentos,
e então como se fosse um vento o verso
descreve com clareza os algozes das sensações.
Continuarei falando das coerências
que são a chave dessa hermética transpiração
enlevando autor e leitor além do chão,
além do cognoscível, bem pra lá da razão
que vez ou outra distrai àqueles humanos
que deixam de sonhar e vivem fazendo planos
cheios de egocentrismos pútridos banais
e as alegrias que são simples deixam para trás.
Agora falarei das almas das metáforas
que secam todas as sedes, enchem ânforas
com as águas límpidas dos corações reais
que lavam e purificam esse mundo atroz
e, além do mais, interpretam o irreal,
desgastam todas as intempéries dos maus
agouros e, refletem aqueles tesouros
que a literatura deixará à eternidade.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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