Vejo meu tempo passando depressa
e a eternidade é só o que resta
seresta da vida, da morte e da pressa
cantigas do mundo oriundo vazio.
Vejo meu tempo escorrer ampulhetas
desertos da idade e da vivacidade
que esvai-se, e o que fica é conhecimento
regente da morte, do amor e do tempo.
Vejo os meus anos escapando entre os dedos
e o fim fica próximo do meu desejo
que é de atravessar pela porta sem medo
que é conhecer o que é o outro lado.
Vejo o meu tempo passando depressa
meus trinta e um anos de eternidades
contados nos dedos, vivendo de verdade
bem próximo do meu juízo final.
Jonas
R. Sanches
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