Acorde!
Sua alma já quer amanhecer
com céus azuis e um blues
daqueles das antigas
melhor do que cantigas
antiquadas e verossímeis.
Acorde!
Sua alma já é um lá menor
com céus noturnos e diapasões
que fazem dos timbres alucinações
corrosivas como os versos
que compus sem metonímias.
Acorde!
Recorde os dias e o bucolismo
mergulhe seu espírito em lirismo
que embriaga sem algum pudor
que é o que liberta-nos da dor
que é ferro e fogo como o amor.
Acorde!
Sua alma já é um si bemol
a reverberar o arrebol
desgastando sons e cores psicodélicas
emprestando o branco às angélicas
que desabrocham pelos jardins.
Acorde!
Para contemplar essa poesia
e depois adormeça com anjos por eternidades.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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