terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Seara dos Meus Pecados

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Nessa seara de todos pecados
minha colheita é de perdição
sem céu, sem mar, sem chão,
e nem inferno a queimar meus pés;

sem transversais muito menos viés
apenas um pensamento augusto
mirando com olhar robusto
esse caminho que não tem final.

Nessa seara de todos pecados
me lanço como ser alado
num precipício de imaginação
e minhas asas são fosforescentes;

e minha faca carrego entre os dentes,
minha caneta foi de um ancião
então carrego-a com tinta-sangue
até o dia a deitar no caixão.

Nessa seara de todos pecados
não há rancores e não há perdão,
então se achegue e pegue minha mão
para lançarmos todas poesias;

para lançarmo-nos ao infinito
e a cada letra libertar o grito
que fere o peito quando está contido;
que é ferro e fogo como o meu castigo.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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