Virtudes já corroídas
e sentimentos avulsos
delinquências carcomidas
e um verso de vultos
assombrando meus dias
tão calados
tão cheios de vontades
que são só decepção,
sem amor na contramão
sem dinheiro e sem sorriso
sem vontade e indeciso
na sequência dessa fossa
que deságua em minha corsa
que se faz em poesia
que é só melancolia
e depois eu adormeço
e n’outro dia já me esqueço
do que foi
do que será;
será fim ou um começo
desse inferno onde padeço
sem flores nem temporais
e os dias são iguais
àquele que é o recomeço
daquilo que não mereço
daquilo que já não é
no profundo que eu quiser
e depois já não é nada
só fruto da madrugada
e a mente fortuita
e a estrela que é bonita
foi o final dessa escassez
foi presságio de alguns reis
que servi em outras vidas
e hoje a cruz é só ferida
e hoje o dia terminou.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário