No sentir que amanhece na alma
um florir de magia e realização
então na última estrela um quasar
que pulsa intensamente sem lar.
No não sentir que anoitece o olhar
um desabrochar e um ritual ameno
que vem curar um inócuo veneno
que veio hereditário haver a humanidade
que não tem idade para se acabar
que não tem cometas para viajar
mas, tem pés descalços a pisar as brasas
que queimam os incensos da renovação.
No sentir da morte que vive eternamente
uma reflexão sobre a vida tão passageira
e uma poesia ditada breve a minha maneira
desfalecida algures numa roda cósmica
que mantém as rotas e trazem respostas
aos meus devaneios simples e compostos
e ao meu olhar que fita seu augusto rosto
longe a divagar os porquês dos reencontros.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Daniel Conway
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