Canções dos ventos e tempestades
em lamentos e farfalhar
carregando olências
de lugar para lugar.
Canções que esculpem rotas
entre os espíritos arbóreos
como afluentes regem notas
do mais complexo ao simplório.
Essa é a orquestra que resta
e que transborda vozes naturais
assoviando em bambuzais
e escorrendo pela fresta;
que é a porta da aventura
onde não há a amargura
só há pinheiros e acicadócias
vigiando os filhos das acácias.
Canções dos ventos e tempestades
cantando os sopros de Iansã
relampejando nosso amanhã
para abrandar o nosso fardo;
que é até pesado e merecido
mas se tenho os Orixás comigo
você também os tem contigo
e nossas vias seguirão naturalmente.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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