Não quero nada, mas obrigado
pela palavra que não foi dita
e o meu silêncio tão necessário
continuou o meu trabalho.
Não quero nada, mas obrigado
pelo carinho que não me deu
guarde pra si pois tenho o meu
que é solitário e é centenário.
Não quero nada, mas obrigado
por me roubar e me matar
minha vida eterna e sempiterna
que é viva sempre e iluminada;
e que incomoda na encruzilhada
quando meu sono sempre ausente
se faz presente tão descontente
nesse momento que eu não queria
raiar no dia que se procede
mas seca a boca mas não é sede
e o que eu quero não é mais nada
só obrigado por ter calado na madrugada.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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