É a morte espreitando na esquina
do tempo e o vento é o lamento
da chacina que assistida alucina
todas as almas que caminham.
É a morte espreitando na esquina
da vida que é frágil e eterna
e do outro lado da rua a lanterna
que é o guia na passagem antiga.
É a morte que espreita o presente
e é o presente que a vida oferece
quando o corpo tardio arrefece
e a barca nos leva a travessia do rio.
É a morte espreitando os meninos
e meninas que a vida transborda
e que os passos caminham na borda
desse precipício que leva ao início.
É a vida espreitando a morte consorte
que leva e releva os motivos precisos
de um viver de limites qu’eu não preciso
e conciso eu caminho para me libertar.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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