Dias tão calados que adormecem
e não há sussurros nem nuvens
somente um olhar nu pranteado
e um luar cru e prateado.
E das estrelas olhares contundentes
que enfeitiçam os sentidos latentes
dos musgos das florestas dos druidas
que encobrem a mágica dos agáricos.
Dias comuns tão mágicos que se vão
com a dança das marés até o espaço
e desatam os laços que privam a liberdade
dos corações que clamam amores reais.
E dos cometas que carregam os segredos
que escondem todas as forças desse medo
que sinto quando penso em revelar
meus sentimentos platônicos de amor.
Dias que passam e levam meus devaneios
e trazem sonhos que já não ouso concretizar
pois falta o beijo que é meu maior desejo
quando te olho, quando te toco, quando me apraz.
E dos eclipses que ocultam as luzes do meu olhar
ficam vestígios dos meus deslizes pelas paixões
que tatuaram vidas vividas em recordações
e o que restou ficou guardado para você.
Dias que passam tão consequentes que nem percebo
quando o crepúsculo se anuncia na luz noturna
e o nevoeiro do meu olhar encobre a bruma
que esconde o poder e a intensidade do meu querer.
E desses versos tão eloquentes sinceridades
que vazam no peito desse poeta puras verdades
de um amor tão doce e meigo, quase impossível
mas ao meu ver se houver pureza será plausível.
E quando te miro distante do meu olhar
meu eu se encolhe e esconde suas turbulências
pois eu te preciso diariamente nessa existência
e se eu não te tenho no peito aflora dura carência.
Dias floridos de luzes escassas serpenteantes
onde minhas letras formam versos exorbitantes.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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