quinta-feira, 17 de outubro de 2013

De Uma Estranheza Ortodoxa

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Um tanto quanto poético
esse amanhecer ortodoxo
nesse dia encharcado
de chuva, de sangue, de lágrimas.

Um tanto quanto nebulosos
o poema e a insanidade,
e eu sigo à risca o receituário
e quase morro anestesiado.

Gostaria de dias e trovoadas
mas, são dias enevoados;
dias escuros e noturnos
pelo menos há alguns trovões.

Gostaria de asas pra voar
mas gastei minhas letras atordoadas,
tentarei uma barganha no crepúsculo
ou roubarei as penas das andorinhas;

para poder planar entre as nuvens
e me iluminar entre raios e olhares
angélicos e siderais e espaciais,
quem sabe sou arrebatado por um cometa.

Um tanto quanto poético
mas nada ortodoxo esse final
pois a poesia é quase uma heteronímia
desses pensamentos que são e não são meus.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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