O poema refletiu no espelho d’água
como o narciso que brotou venusto,
o seu revérbero antigo e vetusto
contava fábulas de um amor augusto.
O poema refletiu nos olhos dela
que aguardava alva por seu amor,
o seu afeto tão repleto de ternura
desvencilhava um belo canto com ardor.
O poema refletiu no gotejar da chuva
em gotas translúcidas que banhavam a terra,
foram então sementes tenras a germinarem
em pétalas velutíneas e cores de mil tons.
O poema refletiu a alma do poeta
em vislumbramento do seu coração,
a poesia então brotou da mão asceta
e ecoou infinidade, luz e sensação.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Ali Ilker Elci
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