No ósculo da morte o exício
que carrega a alma à transição
e a expõe ao intermúndio e o exílio
para compor sua dor em solidão.
No ósculo da morte o decesso
e o espírito vaga no averno
contemplando sua vida de excesso,
recompondo à dor do inverno.
No ósculo da morte o estio
e a seca da vida é comiseração
que cavalga perene à insurreição
da centelha de um mundo vazio.
No ósculo da morte o prantear
e o banzo que fica é a amenta
sob aquele que insiste ao pesar
enquanto a psique se alimenta.
No ósculo da morte o confranger
e o gosto mordaz da inexistência
mas a alma troa por clemência
refazendo o intento de viver.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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