Os sinos dobraram
nas catedrais do tempo,
os ventos carregaram
sua música ao relento;
os fiéis peregrinaram
pelas vias do tormento,
os sacerdotes choraram
a comunhão e o intento.
Os sinos dobraram
nas catedrais antigas,
os ventos prantearam
pelas vidas exauridas;
os sacerdotes caminharam
pelas sendas destemidas,
os fiéis comungaram
para curarem as feridas.
Os sinos dobraram
nas catedrais perdidas,
os ventos cessaram,
cessou a música da vida;
sacerdotes e fiéis definharam
entre as flores escondidas,
os poetas então sanaram
a insanidade com cantigas.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Paulo Juntas
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