Apoio-me em pensamentos místicos,
deságuo em cataratas rústicas,
meu céu é de estrelas milenares,
minha voz é uma trombeta muda.
Apoio-me em verso pleno vívido
então minhas mãos deságuam letras
que jorram cachoeiras de rimas,
que dizem herméticas cantigas.
Apoio-me em minha bengala velha,
viajo por planícies siderais
por onde eu cultivo meus sonhos,
por onde canto encantos transcendentais.
Apoio-me entre pilares mágicos,
caminho por sendas de alta magia,
em Bohaz sou mistérios da noite
mas em Jakin sou plena luz do dia.
Apoio-me no consciente microcósmico,
me perco no inconsciente macrocósmico,
me lanço e enlaço os sete véus de Isis
para encontrar-me com a alma do Cósmico.
Agora descanso os meus estágios
ferventes no cadinho da Alquimia,
minh’alma transmuta o chumbo em ouro;
então meus pecados agora são tesouros.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Dragão Alquimico de Ripley-Theatrum Chemicum Britannicum-1652
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