Pluridiversificação poética
e é a verve anímica eclética
transparecida na calada noturna;
resplandecida nua na voz diuturna.
O poeta floresceu à luz diáfana
embelezando a pétala de Bhaskara;
nos jardins versificações matemáticas
germinam entre orvalhos e ponderações.
Transcendentalização angélica
e é a verve da visão psicodélica
multicolorida na hora crepuscular;
enternecida na busca do explanar.
O poeta se decompôs junto ao corpo,
eternizou-se somente após ser morto;
embriagou-se de uma inlucidez plasmática
e sua translucidez foi d’alma emblemática.
Transubstanciação apoteótica
e é a verve de sensações aristotélicas;
nas linhas todo sentimento é vislumbre
que nas interpretações vãs sucumbem.
O poeta ressuscitou em uma estrofe,
transfigurou-se em enlevação e caos;
o universo resumiu-se no verso final
onde microcosmo e macrocosmo foram um.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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