Vastas as linguagens do amor,
poesias, prosas, gestos, ardor;
e o que ama deslumbra-se ardil
e a amada recatada sucumbiu
aos cantares e ninares do cancioneiro
e aos versos e cantigas do trovador
ficou então ao invés da dor uma paixão
que avassala e despetala o coração.
Vastas as dores insípidas da solidão;
paradoxo, antítese de tesão
e, o platonismo sem mais lirismo esmorece
enquanto a alma desossada enlouquece
àquelas mágoas vívidas da morte em vão,
àquelas mortes inodoras da podridão
do corpo inerte, imóvel, em um caixão
à luz da campa, flores que murcham, inanição.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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