O olhar vítreo curiangou pela noite,
buscou no firmamento uma estrela
que morreu a dez mil anos,
que deixou a esmo sua luz a cintilar.
O olhar vítreo condoreou livre,
buscou sibilos de uma velha sensação
que esmoreceu no verso pálido,
que deixou um arrepio a vaguear.
O olhar vítreo corujeou pelos tempos,
buscou no âmago novo conhecimento
que plurissignificou entendimento,
que deixou a dúvida n’outro lugar.
O olhar vítreo beijafloreou pelo jardim,
buscou abrigo nas pétalas de cetim
que guardavam o néctar de mim,
que deixavam as cores a multicolorir.
O olhar vítreo passareou no entardecer,
buscou o crepúsculo em telas divinas
que diversificavam todas as emoções,
que retratavam a natureza e sua perfeição.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Salvador Dali
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