Na letra ocultei o vento
e a árvore e o pássaro azul,
na letra algures o momento
e o rebento violento do coração.
Na letra a célula e o planeta
e o macro e o micro e o cosmo,
na letra o hermético elemento
e o tormento dissolvido em lágrimas.
Na letra o princípio e o final
e o meio entremeio às flores,
na letra o iniciático punhal
e os segredos velados do bem e do mal.
Na letra púrpura um verso magenta
e a cor escarlate é o sangue da rima,
na letra é o poeta e sua matéria prima
e a essência de tudo se funde no nada.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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