I
Devaneios e prosopopeias
destituem valores e vontades
e, libertam reais criatividades
de onde vislumbramos paus e pedras.
II
Palavras tão antigas que inovam
o linguajar poético em rebuscamento
e, nessa busca o graal do pensamento
que ressuscitou de hermético sepultamento.
III
Precipitaram-se vozes a esmo
então houveram poetas racionalistas
e, colheram flores lúdicas incolores
dentro de vasos neurais transmissores.
IV
Arrebatamentos nulos irascíveis
e, foram levados os novos trovadores
e, foram tomadas de nós; as poesias,
tão inconcreta como:
meus devaneios e prosopopeias.
V
Devaneios sobre estrelas;
prosopopeias de homens-universais;
alienígenas povoam planetas
tão distantes que fogem a imaginação.
VI
Meu canto ressoou pelo eco das eras
e, foi canto de poeta-asceta-trovador;
houveram cantos de dor e de amor
e, houve um silêncio após as reflexões.
VII
Devaneios sobre máquinas do tempo;
prosopopeias de eternos deuses;
literaturas antigas e novas entrelaçadas
e, poetas mortos ressuscitam com o sol.
VIII
Cantos de querubins entoam os céus
e, harpejados entretêm olhos atentos
que olham as vidas dentro das partituras
dispostas aos olhares do maestro-universal.
IX
Devaneios cantados ao amanhecer;
prosopopeias e auroras e arrebóis
fazem da lúgubre sensação um vil torpor
e, incognoscivelmente tudo ao seu lugar...
Cada letra adormeceu em supra-solidão.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Lindo texto.Um misto entre os devaneios e a realidade, entre a poesia e a verdade e o mundo vai passando deixando em todos que te leem um pouco de encanto e de quero mais. Visite o Poesia do Bem. Abraços!
ResponderExcluir