O verso curto
espiralado e atemporal
passa depressa e vai
seguindo os pássaros.
Bocejos ardentes
e uma poesia letárgica
que adormece peixes
quando inda a maré é larga.
Tempo de tempestade
e a calmaria é lucidez
pungente que logo chega
e deixa marcas profundas.
Olhar e sensação de morte
e a vida passa depressa e para
na profundeza da terra
mas por enquanto é só a guerra.
Os candeeiros já cansaram de sofrer
é tão escuro quando você vai embora
então fique com a próxima canção
e tome um gole de um hálito comum.
O verso curto acaba
sem tempo de retornar
e a impressão que fica
é que não acabará jamais.
Jonas
R. Sanches
Imagem: tucoo.com
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