sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O verso curto de sexta-feira depois que eles acabaram de almoçar...

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O verso curto
espiralado e atemporal
passa depressa e vai
seguindo os pássaros.

Bocejos ardentes
e uma poesia letárgica
que adormece peixes
quando inda a maré é larga.

Tempo de tempestade
e a calmaria é lucidez
pungente que logo chega
e deixa marcas profundas.

Olhar e sensação de morte
e a vida passa depressa e para
na profundeza da terra
mas por enquanto é só a guerra.

Os candeeiros já cansaram de sofrer
é tão escuro quando você vai embora
então fique com a próxima canção
e tome um gole de um hálito comum.

O verso curto acaba
sem tempo de retornar
e a impressão que fica
é que não acabará jamais.


Jonas R. Sanches
Imagem: tucoo.com

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