Nos plúmbeos olhos comiserados
do tempo ao relento às retinas
de onde a lágrima nua desatina
como de uma nuvem de precipitação.
Lúgubres sensações estereotipadas
e outras sensações de libertação;
simbioses entre o amor e o coração
que fazem despertar os cumes da emoção.
Plúmbeos amores e lúgubres lágrimas
destituídos de semântica e explicações;
morfologias espalhadas à luz do dia
que libertam os vocábulos da escuridão.
O coração é flor quando à poesia
e a sensação é carinho quando há uma flor
que brota e cresce junto ao jardineiro
que se entrega aos auspícios augustos do amor.
O coração é flor quando planta o poeta
sua semente imensa de uma inspiração
e as letras são pétalas em germinação,
e o poeta é jardineiro das almas perfumadas.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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