Flores amarelas em caminhos de cetim
e estrelas em céus de plena solidão
mas, quando os olhos miram o firmamento
é uma nostalgia de um bucolismo sideral.
Flores amarelas em cadinhos de marfim
e estranhas luzes nos céus de Urano
mas, quando os olhos miram todas as luas
são todos os anéis nos dedos de Saturno.
Flores amarelas em naves espaciais
e esplendidos colibris de olhos de luz
mas, quando os olhos vomitam galáxias
são anos-luz à deriva em um mar de eternidades.
Flores amarelas em ramalhetes alienígenas
e extintos os dias onde houveram dois sóis
mas, são almas que transitam entre olhares
que vislumbram novos paradoxos universais.
Flores amarelas e ramagens escorrem poesias
por entre as frestas festivas do tempo infinito
mas, os olhares se fecharam aos velhos mitos
que envelheceram solitários na cadeira de balanço.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Hubble
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