Em poesia de Folclore
tem que ter um Bicho-Papão
bem grande, peludo e feio,
com fama de comilão.
Em poesia de Folclore
também tem que ter Saci
roubando o cachimbo da velha
e saltando daqui pra ali.
Em poesia de Folclore
tem também coisas esquisitas
como as lendas do Boitatá
fogo que correu atrás dos Jesuítas;
também tem o Curupira
protegendo nossas florestas,
confrontando com caçadores
que fazem mal à vida silvestre.
Em poesia de Folclore
também tem que ter Lobisomem,
contos horrendo sobre terrores
que morreram por balas de prata;
e se falarmos então de medo,
tem um que até perdeu as rédeas
e, da mulher que amou o padre
surgiu a Mula-Sem-Cabeça.
São tantas as lendas e parlendas
espalhadas por nosso país,
tem Boto encantando mulheres
depois às amando à beira-rio.
São tantas as lendas e culturas,
Negrinho do Pastoreio e outras figuras
às quais devemos conservar
carregando-as no coração
passando de geração pra geração
essa joia da nossa história
que enfeita e pinta na memória,
que perfuma a imaginação
com os olores raros da sensação;
Saci, Curupira e Assombração,
Comadre Florzinha, Bicho-Papão,
Lobisomem, Boto e Boitatá.
Minha poesia de Folclore
vai então chegando ao fim
mas, por favor lembrem de mim
e não esqueçam do nosso Folclore.
Jonas
R. Sanches
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