Dores irreais lancinantes
e a alma acabrunhada
se retorce como ventos bravios
que carregam longe as caravelas.
Olhares estáticos no espelho
observam todos os sofrimentos
e, há obstáculos pontiagudos
por onde meus pés sangram.
Dores tão reais que entorpecem
e o espírito se recolhe em desvario
mas, são tantas as alucinações
que já não sei mais o que é tangente.
Olhares estáticos no espelho
observam mortes que chegam,
observam vidas que partem;
e os ataúdes estão lotados.
Dores sentidas na verve da carne,
dores contidas no invólucro do ser;
dores versificadas em nova poesia
que adoeceu mas não morreu de amor.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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