Eu, no verso
suspeito do galho sem flor
e, da pedra que range em silêncio;
eu, poeta, rasgo pétalas e calo.
Meus, os versos,
desconfiado dos amores prudentes
pois, amar é loucura e desvario;
como caminhar nas estradas do céu.
Eu, nos versos
desconfio dos pássaros noturnos
pois, a noite é dos boêmios
e a lua brilha em mistérios soturnos.
Meus versos alienígenas no caule da flor
as vezes causam repulsa as borboletas
as vezes são como lamparinas às mariposas
mas, os lobos uivam aos versos de amor.
Eu, no verso
suspeito dos reflexos no espelho
pois, olha-me de soslaio;
tenho medo do silêncio eterno.
Meus, os versos
que cantam à morte repentina,
que festejam a vida momentânea;
eu, nos versos, meus versos ambíguos.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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