Somos iguais milho de pipoca
como já disse Rubem Alves
quando estouramos para a vida
no fogo intenso de uma alma
que cai em si em dor tangente,
que volta então a ser criança
para aprender com alegria
os novos passos dessa dança
que segue em ritmo frenético,
que baila algures em solidão
mirando um horizonte dialético;
revigorando o velho coração.
Não vou ser como os piruás
que se internam em cascas duras,
vou é mais ser como a pipoca
que se transforma em flor candura
quando enfrenta a morte certa
tal qual lagarta e borboleta,
vou viver essa metamorfose
nessa alquimia branda e violenta.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Wagner Carmo
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