Um acorde que acorda a alma
em arpejo que liberta a mente
ressoando em raro solfejo
despertando profundo desejo
de partir para lugar nenhum
de caminhar pelo vazio do tempo
voando livre na noite ao relento
e dos tormentos um riso profundo
e algum pranto ouvido ao submundo.
Um acorde que acorda os mortos
em som rugindo a trombeta do anjo
entre harpejados do apocalipse
cavalgando o fim em cavalos de fogo
renovando assim pelas mãos da morte
definhando além do que era forte
e o que era novo já envelhecido
renasce entre ósculos e gemidos
de um doirado sol em sua transmutação.
Jonas
R. Sanches
Nenhum comentário:
Postar um comentário