terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Processos Alquímicos

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De algum tempo que me lembro a alegria
de um menino que sonhava acordado
de um menino que colhia o orvalho
e manipulava-o junto ao leite da virgem.

De algum tempo que o cadinho inda luzia
em fogo brando os estágios dessa vida
e o menino que nos jardins colhia ouro
e no mercúrio e sal da terra adormecia.

De algum tempo o cozimento necessário
entre os estágios d’alma que se transmuta
e o menino que vislumbrava a pura luta
dos elementos que reuniam-se aos ventos.

De algum tempo que agora é de eternidade
no gole áspero do elixir, sangue dos deuses
e o menino brincava junto aos Jardins de Elêusis
como o alquimista brincando com as estrelas.

De algum tempo que eu me lembro da alegria
encarcerada em recipiente onde luzia
nos sete tempos na chama ardente dessa magia
que desde os tempos denominou-se de Alquimia.


Jonas R. Sanches

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