E a canção soou na mente
de parafernálias e pensamentos;
soou sua voz macia no amanhecer
e acariciou meus tímpanos agudos.
E a canção soou novamente
com notas antigas de um rabecão;
partituras que avassalam corações
partilhadas com a fogueira e o luar.
E a canção soou eterna
e eram de harpas angelicais;
bemóis e sustenidos divinos
entrecortados pela voz da criação.
Canções infinitas alienígenas
em rádios-vitrola superlativos,
em trombetas e guitarras amarelas
no rádio relógio na escrivaninha.
E a canção não cessou e o céu rugiu
e foram leões que assistiam a sinfonia;
e do lado de fora do guarda-roupas
o poeta anotava tudo desapressado.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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