Ontem falei das rosas,
a um tempo atrás falei do jasmim
amanhã falarei do crisântemo
mas, hoje falarei de mim.
Falarei quem sabe dessa solidão
que é parceira cotidiana,
falarei quem sabe do amor
que à distância infringi-me dor.
Falarei quem sabe dos sonhos
que são combustível do meu dia a dia,
falarei de toda essa tristeza
ou talvez falarei da minha alegria.
Ontem falei do beijo
anteontem falei do abraço
hoje falarei da poesia
que é ofício, o vício que faço.
Falarei da trova e do soneto
ou quem sabe de algum terceto,
citarei um cordel encantado
ou algum haikai bem elaborado.
Falarei algo parnasiano
ou quem sabe até camoniano,
falarei da aldravia solitária
ou apenas calarei meus versos.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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