Procuro aquela dor que eu sentia
mas foi além, orgasmo inexplicável
sentidos violáveis e palpáveis
a vomitar minha nula alegria.
Procuro a minha rua além do além
e o quarteirão infindo já sorria
em poder imaginar o que foi alto
que transtornou a luz que refletia.
Procuro o meu intento pecaminoso
e a dor que vivo é rara sinfonia
que vibra em acorde primoroso
e faz meu eu compor em maestria.
Procuro no veneno aquela cura
que foi motivo do ressentimento
tão desprezado à carne nua e crua
a dor incorrigível do momento.
Procuro a intensa voz que ensurdece
aquela solidão que é amargura
ressuscitando a flor que arrefece
àquele sentimento que perdura.
E a dor que foi ao tempo inspiração
foi uma análise de um coração
batendo uma música do infinito
fazendo a homenagem nesse grito.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Lucia Constantin
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